Neste espetáculo teatral sobre o ato de pensar e tomar decisões, inventa-se um novo destino para os guardas de Creonte a partir dos textos de Hannah Arendt e Fernando Savater e da "Antígona" de Jean Anouilh, para debater o dilema e a complexidade da escolha. Em palco estão cinco intérpretes e um sistema de som – o cenário é sugerido, mais do que construído, e tudo acontece à frente dos nossos olhos.
Pode um pássaro cantar uma melodia alegre e, ao mesmo tempo, melancólica? E uma pedra, pode brilhar ao sol e continuar fria como gelo? Pode uma sala cheia de gente ser, ao mesmo tempo, silenciosa e barulhenta?
Numa cidade estranha vivem os guardas do rei Creonte. Foram eles que prenderam Antígona, por desafiar uma lei real que considerava injusta. Nesta cidade nada é o que parece, e tudo é exatamente o que aparenta ser, a música anda no ar, mas nem toda a gente ouve, as ruas levam a todo o lado e a lado nenhum. É aqui que este grupo de guardas encontra um objeto misterioso que os conduz numa estranha e atribulada viagem sem retorno, sem regras ou destino certo, mas direta ao centro dos seus próprios corações. Confuso? Ótimo, significa que estão prontos para entrar.
Ficha Artística
Texto, encenação: Miguel Maia
Apoio à criação: Lúcia Pires
Interpretação: Brandão de Mello, Dai Ida, Pedro Miguel Jorge, Mariana Camacho, Rita Silvestre
Espaço cénico, adereços: Inês Achando, David Leitão
Desenho de luz: Rui Seabra
Figurinos: Rita Rosa
Assistência figurinos: Nuno Velez
Música original, sonoplastia: Mariana Camacho
Design, fotografia, comunicação: Sónia Godinho
Produção executiva: Lara R. Santos
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