Os encontros propõem uma imersão crítica e histórica no papel das mulheres na construção e consolidação do samba como manifestação cultural de relevância nacional. Dividido em três encontros temáticos, o workshow oferece uma abordagem que articula pesquisa histórica, análise social e apreciação musical, com ênfase na atuação feminina ao longo de diferentes períodos do século ** até os dias atuais.
Dia 22 - Raízes e Matriarcas: o início do século **
O primeiro encontro dedica-se ao estudo das origens do samba urbano e à centralidade das chamadas "Tias Baianas" - figuras como Tia Ciata, que desempenharam papel fundamental na organização das primeiras rodas de samba no Rio de Janeiro. Também será abordado o legado de Chiquinha Gonzaga e outras compositoras pioneiras, analisando seus enfrentamentos às barreiras impostas por uma sociedade patriarcal e racista.
Dia 23 - Vozes da Resistência: sambistas da segunda metade do século **
Este encontro tem como foco a trajetória de mulheres negras que se tornaram símbolos de resistência no samba, como Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Leci Brandão e Jovelina Pérola Negra. Serão discutidas suas contribuições estéticas, políticas e sociais, bem como os contextos em que suas obras foram produzidas e reconhecidas.
Dia 24 - Cena contemporânea: o samba feminino hoje
No terceiro e último encontro, o olhar se volta para a produção atual do samba protagonizado por mulheres, com especial atenção à cena local campineira. A proposta é evidenciar a continuidade das práticas ancestrais, o surgimento de novas linguagens e a atuação de coletivos e artistas que seguem promovendo o samba como espaço de criação, pertencimento e transformação social.
Espaço Arena. Grátis.
foto: Daniela Cerasoli
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