“Adilson” é uma ópera em cinco atos dirigida por Dino D’Santiago, com libreto de Rui Catalão e direção musical de Martim Sousa Tavares. Acompanhamos a jornada de um homem afrodescendente, nascido em Angola, filho de pais cabo-verdianos, que vive há mais de 40 anos em Portugal — sem nunca ter obtido cidadania portuguesa. Chamado D’Afonsa pelos amigos, Nuno pela família, Adilson no passaporte, a sua vida desenrola-se entre salas de espera, processos adiados e um labirinto burocrático que o impede de ser plenamente reconhecido pelo país onde sempre viveu.
Mais do que um indivíduo, Adilson representa milhares de pessoas deixadas nas margens do sistema. A ópera transforma a espera em poesia e faz da invisibilidade um ato de resistência. No culminar da obra, ouve-se o grito que ecoa para além do palco: “Eu não sou português. Eu sou Portugal. Um país à espera.”
Abordando temas como a injustiça social, a discriminação, a fragilidade humana e a esperança, esta primeira incursão de Dino D’Santiago no território da ópera assinala igualmente os cinquenta anos do fim da presença militar portuguesa em terras coloniais nos territórios africanos.
M/12
Preço: 20€
Duração: 100 min (aprox)
Ficha Artística
Conceito e encenação: Dino D’Santiago
Libreto e dramaturgia: Dino d'Santiago, a partir do texto original "Serviço Estrangeiro" de Rui Catalão
Direção musical: Martim Sousa Tavares
Composição musical / produção musical: Dino D'Santiago e Djodje Almeida
Arranjos e orquestração: João Martins
Música: Djodje Almeida, Iuri Oliveira, Raúl da Costa, Mais Hreish
Orquestra: Orquestra Sinfónica Juvenil (Lisboa); Orquestra Sinfonietta de Braga (Braga); Orquestra do Algarve (Faro); Orquestra das Beiras (Aveiro)
Intérpretes: Michele Mara, Cati, NBC, Soraia Morais, Koffy, Rebeca Reinaldo, Rúben Gomes
Assistência de encenação: Solange Freitas
Direção de atores: Cláudia Semedo
Direção vocal: Francisco Pessoa Júnior
Cenografia: Pedro Azevedo
Desenho de luz: Rui Monteiro
Desenho de som: Bruno Lobato
Direção de cena: Francisca Rodrigues
Figurinos: José António Tenente
Direção de produção: José Maria Cortez (BoCA)
Produção executiva: Irina Leite Velho
Comissão e produção: BoCA - Biennial of Contemporary Arts (Lisboa)
Gestão de produção: Local Global
Coprodução: Teatro Aveirense / Câmara Municipal de Aveiro, Centro Cultural de Belém (Lisboa), Theatro Circo (Braga), Teatro das Figuras (Faro)
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